quarta-feira, maio 25, 2005

Palavra

A palavra é uma espada ardente
Que corta, estilhaça, mata.
Em letras incandescentes
Queima olhos, incendeia mentes
Quando leve, incauta, passa.

A palavra é uma sinfonia surda
Em rios de letras correndo
Que tudo altera, troca e muda.
São braços cegos numa jangada,
Que não atinam nem apagam
A incandescência da brasa.

A palavra é um ir suave do vento,
Um voltar cantante correndo,
Horas de fio a pavio sem tempo,
Iluminuras, cristais, vitrais,
Percursos de rios serenos
Nos beirais
Das mentes dizendo:
Pára, escuta, não há mais!...

Mas Palavra é… Encantamento…

7 comentários:

celofane disse...

Obrigado pelo comentário que deixaste no meu blog! Agora é a minha vez! Já tive a dar uma olhada no teu site do sapo e fiquei impressionado, juntamente com este site claramente dedicas muito do teu tempo à poesia! Gostei muito dos teus poemas,identifico-me com eles, são bem expressos! Tenho tido pouco tempo livre, mas vou voltar de certeza! beijo

José Gomes disse...

Amita,
Isto sim, é Poesia.
Porque estiveste tantos anos escondida...
(tens que me dar a morada da tua musa...).
Um abraço.

M.P. disse...

A Palavra é e expressão de TI quando tu te abres nela! :)... Bom Feriado! **

Unknown disse...

Brilhante!
Fascinante!
Lindo!
Maravilhoso!
Que mais posso dizer-te?
Muitos beijinhos, minha amiga!

BlueShell disse...

De facto...mas a palavra é tudo isso e muito mais...
Jinho de carinho, BShell

Peter disse...

Não há nada como uma "ponte" ...

Gustavo Monteiro de Almeida disse...

Adorei!

Apesar de tudo, e tendo em consideração que existe sempre a possibilidade de opção, prefiro utilizar a palavra não como uma espada ardente, mas sim como uma pedra que, juntamente com outras, nos ajuda a edificar um mundo melhor.