
pintura de Arthur Rackham
Entre o mar e a relva onde me sento
habita um fluir em sussurros verdes
pela rama do parque que guarda e entende;
bifurcada, desliza uma estrada no vórtice do tempo
e, do sentido adverso, em razão suspensa
Quantas vezes pelo silêncio me chegam
nas pontas das folhas ao sopro do vento
amenas melodias
breves excertos de vidas
indizíveis e cálidos momentos
A todos enlaço na vereda dos fonemas
leve, tão leve que o avivar surpreende
o mistério da estrada em cores desperta
que a Natureza me estende
pelas raízes singelas
da infinitude da mente
Em voo suave, um doce sorriso plana
entre ti de mim ausentes
na musical perenidade da palavra
Poema in "Transparência de Ser"