terça-feira, julho 28, 2009


































Caminho
A unívoca forma das ramas
Plena, verdejante, ausente de espelhos
E na planura me vejo
No espaço cantante e que enlaça
O amor,
No dúctil sentir das águas
Límpidas, imaculadas

Caminho
Na lentidão da brisa cantada
Em bemóis e sustenidos
Pela trilogia da casa
E que o violado piano enlaça
Como se fora lira
Em tempos esparsos

Lentamente
Absorvendo a leveza das cantatas
De Mozart, Beethoven e Bach
Sob trilhos caminhantes
Interiorizo e espalho
A paz no caminho
E sereno
A plenitude do fogo
Nas águas

(imagem de Edward R. Hughes)

domingo, julho 19, 2009

Convite














Ana Eugénio, esta linda menina, lançará o seu livro "Sagração do Dia" em
25 de Julho, pelas 17.30 horas, na Livraria Index (R. D. Manuel II, 320, Porto).

Vamos todos dar-lhe o nosso apoio?

domingo, julho 12, 2009



















Valeu a pena
Percorrer duros trilhos em águas
Dos lagos enfrentar vozes caladas
Sob pedras sussurrantes
E na existência de entraves
Crer, de coração aberto,
A incertitude certa
De longos e ausentes laços

Valeu a pena
Pelos sorrisos francos, abertos
Em tecedura de tempos ternos
E rever…
Rever em breve espaço
O que nem a memória esbate
Ao longo do caminho traçado

Valeu a pena
Este voante ponto mínimo
Espalhar o nomadismo dos dias
E da inclemente nostalgia das aves
Em coroas de flores
Em leves e doces aromas
Perfumar o todo em um
Com ternura, cada traço

Um todo somos, em nada…
Sigamos a rama florida
No carinho que a enlaça
E semeemos flores
Em água límpida e clara



PS: A todos agradeço o que nem a ausência desfaz.
Na teia criada ficará, para sempre, uma voz
que o ameno silêncio ultrapassa.
A “Transparência de Ser” com carinho vos abraça.


(imagem Google)

quarta-feira, julho 01, 2009

Floating beauty

































Vivo o monte, vivo a brisa
Da pradaria infinda
Pelos abraços e beijos -
Intensos desejos -
De quem se sabe e caminha
Leve, nos laços tecidos,
Constância de sílabas e traços
Que ao longe se adivinham…

E bordo, pedaços já gastos
Deste povo como estigma

Se canto, se porventura enlaço
As canas de água fina
Alcanço, entre a lua e o espaço
As palavras: Amigo… Amiga…
Na plenitude terna de um abraço
Qual espiga amadurecida
Envolta nas verdes folhas d’um canto


(imagem de Chen Yang-chun)