domingo, janeiro 06, 2013
Vi!
Vi, ninguém me contou,
o que sentias nessa pele
seca, dura e fria,
outrora tão macia e cuidada
Vi, com os olhos que o ser transporta,
sentires diversos
caminhantes de porta em porta
que abrias e não fechavas
Vi a omissão de plenos dias
nas folhas desbotadas pelo tempo
nesse livro adormecido
que não cuidavas
Segui teus passos em silêncio
qual cristal pela neblina esfumado.
Por ti, senti o medo
na flor de um tempo não desabrochado
quando passaste
absorta, num mundo distante,
a meu lado
Crê que as agruras da vida
serão a luz nos teus passos
das horas acres, indomáveis
em que te vi
amorfa, desatenta, desesperada
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