sábado, maio 30, 2009
sábado, maio 23, 2009
Maio, maduro Maio
Prevemos caminhos, abraços,
Sentidos nos laços do tempo.
Prevemos mas não sabemos
Se o abraço se esvai no pêndulo
Que alonga lento os laços
Fomos o sorriso a alegria
Cúmplices ensejos em traços
Da vida outrora cantada
E que o mar distancia
Em ondas batidas na fraga
Do Maio, maduro Maio,
Cantou o poeta, as águas,
Num labor em poisio incerto,
Renascido e da rama aberto
Cada dia primeiro, em chama
Assim movemos o silêncio cantado
Assim espaçamos os abraços
Neste mar calado e ameno
Que revolteia flores a contento
Nas areias que nos trazem
E que ocultamos, alheios,
Nos desvelos da saudade.
(imagem recebida por e-mail)
quinta-feira, maio 07, 2009
Pai
Todos os dias tento florir os rios das casas,
Afagar peixes aflitos que saltam nos telhados
Das mãos de exímio e incauto jogador
Que da existência cultiva baralhos
Pai
No mar, o sal cresceu em lágrimas,
Secas, áridas, pelas dunas do concreto
E sob a incerteza certa do vento,
Lerdas, sobrevoam andorinhas
Maio já vai maduro, pai.
A criança em maias tecida
Desfolhou palavras de vidro
E sobre a tela em letras sentidas
Tenta, cada dia, o plantio
Da flor-semente do sorriso
Sobre as asas das avezinhas.
Porém, o primeiro em Maio esvoaça
Pelo unívoco silêncio de um grito -
Passeante em águas baças
(imagem recebida por mail sem nome de autor)
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