sexta-feira, setembro 19, 2008

Somos crianças de nós












Somos crianças de nós
Naquele lugar de olvido
Somos marés sem voz
Em guarda do seu destino

Somos a água que passa
Entre azuis luzentes
A brisa que canta e traça
Esse palrar de gente

Somos o sorriso constante
Sobre aquele que chama
O dizer de tão distante
Que vos enleia e abraça

A rama nascida somos
Programada na distância
Em dores jamais sofridas
Não sabidas na constância
De nossas vidas floridas
Da água que fez crianças
Como nós que vos enlaçam

Sussurros de toda a gente
Omitidos à distância


(imagem de Anne Geddes)