terça-feira, dezembro 27, 2005
Relembro...
Olho… Relembro…
E bebo de um trago
O reluzir das colchas alvas
Imaculadas
Que lentamente o algodão tecia
Arabescos
Em escada
Cada hora, cada dia
Correndo a noite fechada
Voos de um berço de plumas
Silêncio
Ausência
Memória das colchas alvas
Imaculadas
De um ontem que hoje
É passado
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Boas Festas
Cristais
Pérolas de fogo
Reluzentes
Seda das flores
Carinhosas e ardentes
Em laços transformados
Iluminuras
Vitrais
A ternura dos sorrisos
Abraço constante
Nunca esquecido
Uma teia de pinturas
Transparências
Melodias doces
Luar, sol e mar
O saber despontado
Em luz e cor
São vocês todos
Meus amigos
Para quem escrevo
O profundo desejo
D’alegres Festividades
Um Novo Ano de sonhos
Realizados
Em cada amanhecer
Sereno
De Paz
sexta-feira, dezembro 09, 2005
Três andamentos Quatro passos
Cubro-te de espelhos
de pedrarias
que a hora silente do dia
de ti vê as horas frementes.
Embalo-te na melodia
dos tempos e contra-tempos
que deslizam
e em queda ficam
nos olhos da mente
É um olhar infinito
pelo balanço das horas
num sussurro de memórias
Três andamentos, quatro passos,
em recuos e avanços
somando débitos de um
entre as vagas
entre as fráguas
lugar distante
comum
E parto
no desafio constante
desse azul que se sabia
diligente, estável,
e de ternura brilhante
p’ra mais um dia
por entre as horas silentes
que se previam
dormentes
(pintura de Manccini)
Poema in "Transparência de Ser"
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Os dias da noite
Adormeceu no regaço da noite
uma ave de amor, sal e água,
cansada nos voos do silêncio -
vozes que se apagaram -
e no Verão escaldante
ardiam lágrimas
Uma cítara suas penas brancas
cantava -
seguindo o Outono das letras
em azul papiro -
espalhando
pela estrada
Uma ave adormeceu os dias
das noites no sereno sorriso
que o seu cansado bico
espelhava
uma ave de amor, sal e água,
cansada nos voos do silêncio -
vozes que se apagaram -
e no Verão escaldante
ardiam lágrimas
Uma cítara suas penas brancas
cantava -
seguindo o Outono das letras
em azul papiro -
espalhando
pela estrada
Uma ave adormeceu os dias
das noites no sereno sorriso
que o seu cansado bico
espelhava
Poema in "Transparência de Ser"
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