domingo, outubro 14, 2007
Setembro
Intoxicados são o tempo e a vontade
sob o ar rarefeito dos aromas mortos
em branco adejado no que urge e faz demora
qual contrapeso no degrau compacto das horas
O silêncio esvaziado das vozes em mim cantadas
suave e lentamente dia fora
acarretam saudades dos trinados
em suspensa melodia aquosa
Assim se fez o Setembro da casa em obras
Mas quando as portas da noite se abrem
renasce em malhas de lã a vida
multiplicando mimosas flores nos dedos
onde apenas o amor dá sentido
no profundo sonho infinito
da árvore, do sol – terno aconchego –
etéreo jardim que me abriga
(pintura de Ana Vieira)
Poema in "Transparência se Ser"
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8 comentários:
Amita! Que esse abrigo traga sempre a felicidade! Quanta ternura deixou aqui em seus lindos versos...
Fique com Deus!
Boa semana! Beijos
Maravilha, Amita...
Um poema suave, como o Outono com os cheiros característicos.
Adorei cada palavra...
Até já
Beijos e abraços
Marta
"renasce em malhas de lã a vida"
Isso sim, isso é que é verdadeiramente importante. É um "tempo da vida".
Também uma palavra de apreço para a pintura de Ana Vieira.
Finalmente de volta ao nosso convívio!!!
Já estavamos com saudades tuas. Vai dando notícias.
José Gomes
Olá, olhe eu aqui pra lhe ver e deixar beijinhos.
...querida, passei para-lhe desejar um bfs...
Um beijinho no seu coração.
Olá Amita! Passei pra lhe ver, deixei beijinhos e votos de uma semana feliz!
Sim, o aconchego próprio é o reino de cada um... é o palácio onde todos os tesouros estão no seu sítio... é o jardim que cresce e floresce com o laborioso carinho pessoal!!!
Ainda bem que acabou essa demanda de má memória Amita... porra!!!
Beijinhos grandes amiga!!!!
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