quarta-feira, outubro 22, 2008
Estado das coisas
Neste estado de coisas singelas
De facilidades mútuas
Premeditados erros são acasos
No trajecto usual da lua
Quando se fecha uma porta
Além, janelas se abrem
Entregando do vento norte
As areias em voragem
Revolto, o mar se modera
Pelos contos inacabados
Tão fáceis, doces e breves
Se a vida que se leva
Desliza para outro lado
As coisas seguem correndo
Embotando singelos pecados
E na futilidade que se dita
Suave, adormecem os enganos
De um presente… passado
Na obscuridade deste estado
De coisas dóceis e leves
(imagem de Jorge Oliveira)
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10 comentários:
O vento norte e o frio...
Mas o frio não enfraquece a esperança que se sente no coração...
Abre-se sempre uma nova janela....
Lindo....
Beijos e abraços
Marta
Olá,
Belo poema....um manto de palavras com sabor a esperaça...
beijinhos
Isa
http://virtualrealidade.blogspot.com
Gostei do seu poema:
sóbrio, escorreito, bem escrito.
Um abraço
Música suave como "pano de fundo" e uma linda imagem, dão mais beleza, se mais beleza se pode dar, a este belo, suave e encantador poema.
Vou ficar mais um pouco a ouvir a música.
Passando para deixar aqui meu abraço, te ler e desejar um excelente findi semana.
"Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas;
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
de árvores alheias"
(Fernando Pessoa)
Bjs
"Quando se fecha uma porta
Além, janelas se abrem"
Não importa se são portas ou janelas, se nós lutarmos sempre teremos por onde passar!
Bjos ;**
bom findi!
Gostei do seu poema. Simples, com ritmo, belo.
http://apalavraeocanto.blogspot.com
Aníbal Raposo
Janela que se abriu, ao encontrar o teu espaço onde a poesia se faz dia.
Um beijo e parabéns pelo que li.
Bonitas as tuas palavras...também me falam das janelas que se abrem, mas tão dificilmente que o tempo deixa as marcas. Muitos beijos.
Amita.
As palavras que aqui encontro. São pequenas parcelas da vida que só os privilegiados podem ler...
E, eu sou um deles, obrigado minha amiga.
Fique bem.
Bjnhs do amigo e conterrâneo.
ZezinhoMota
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