
tantas vezes não sabendo…
se rio, paragem, se brisa,
incompletude de momentos
na orla abstracta da vida
Da lua, voo em trilhos, ramais,
sob utópico brilho de cores
e danço reticências de ais
isolando profundos clamores
Assim a Natureza me criou
na tecedura leve das palavras
que me dizem: Vai! E não vou…
se o longe-perto aqui me clama
Se canto, se letras desfio,
nas águas do espaço correm doces
abraços e beijos, que envio
aos ternos amigos, meus amores
(escultura de Jean Pierre Augier)