Andam cavalos à solta
na torna de cada onda
em remoínhos do ocaso.
Da espuma fazem sombras
e do vento o seu canto
Cada volta um tormento
de crinas onde eu danço
esta tardia esperança
de flores no meu regaço
Indomáveis, atrevidos,
nas tornas em contradança,
não são cavalos perdidos;
soltam palavras de espanto -
ternuras de um sorriso -
e, neste solto vai-vem da vida,
fendem silentes laços
No mar andam cavalos
de crinas soltas ao vento…
desenham sombras, alento
na criança adormecida
3 comentários:
E voam até ao infinito...Num sonho, num sorriso de criança....
Lindo, suave...
Gostei muito...
Beijos e abraços
Marta
onde-as insónias das nuvens
nos espaventos do mar
são crinas persistentes
de promessas atrevidas!
[...]de crinas soltas ao vento…
desenham sombras, alento
na criança adormecida"
Porque existe sempre uma criança dentro de nós, no sorriso do olhar e nas palavras de espanto que tantas vezes ouve.
Um grande Xi-coração, Amita e bem-hajas por ser como és.
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