quinta-feira, julho 26, 2018
A indelével certeza
A indelével certeza dos anos encostados à parede
se de mim cobriu enganos, não teceu erros.
E dos muros levantados, amarelecidos no tempo,
resta a árvore que sustenta longos fios
de um cabelo em marfim penteado
que pelo afago dos dedos
a raiz alimenta
Floresce a dança perene da memória
em vagas macias, leves,
em laços de rede fina
ondulando nos anos a hora
de mulher-menina que canta
a indelével e alva certeza da brisa
que anos tece nos cabelos
E te bebo, minha hora perdida no tempo,
na leveza deste sentir em contemplação ausente
quando me sento, sob o silêncio das folhas
em doce acalento
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