Sou a flor ou cardo do deserto
num espaço de tempo incerto.
Flor temporária exposta ao vento,
cardo alimentando cada momento
sob a vivência corrida
que omite ou esquece a própria vida.
Sou o átomo esquecido,
o dito, o não dito,
pela brisa que enlaça
e traça,
inconsciente,
por tanto clamor obtuso,
antigo e duro,
manietando palavras.
Assim os dias vão passando,
revolteando na mente adormecida
as palavras do teu dia
que não foram ditas.
Parabéns e que o Novo Ano te sorria sempre
(ao meu genro)
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