sábado, setembro 02, 2006

Sob o cuidado dos dias



















Reparte-se sob o cuidado dos dias
por onde flutua e caminha
em seus passos de dança

Reparte-se e não faz parte.
Divaga...
ao som da melodia clara
estremecida
nos seus braços de criança

E joga vida fora
com a leveza dos anos
Do Tempo não traz o momento,
nem enganos

E deixa que repartam seus cabelos
entre tranças, pendentes cachos,
ou em rabo-de-cavalo
com aquela fita luzente
que alvo bibe afaga
pelos folhos dos solfejos
ressoando pela sala

Parte-se e reparte-se
o cuidado breve das lembranças
que no centro de si vagueiam
doces, fluidas e cândidas,
e pelos sorrisos espelham
o que o Mundo não alcança

Oh! Que bom é ser criança...


(pintura de Claude Renoir)

Poema in "Transparência de Ser"



11 comentários:

Menina Marota disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Menina Marota disse...

Ah quem me dera ser ainda criança! Se soubesses as saudades que tenho dos tempos da minha meninice...

Lindo este poema e a imagem foi muito bem escolhida!

Parabéns pela tua sempre deliciosa escrita e pela partilha que fazes dela.

Um abraço carinhoso ;)

Poesia Portuguesa disse...

"Oh que bom é ser criança!..."

Mais um belo e doce poema. Gostei muito.

Deixo um beijo e um sorriso ;)

Anónimo disse...

Tão terna minha querida amiga.Bom seria que a mensagem da tela se concretizasse. Beijos.

EU CÁ VOO CAMINHANDO disse...

Bonitas palavras: são as Suas.Bem-haja pelo que me diz, em meu blog.Cá voooamos,não é?



j.a.m.

Maria Azenha disse...

Belo, querida amiga.

Um dia cheio de paz1.

beijinhos,

***maat

Anónimo disse...

Ai que bom ser criança, Amita...
Este poema está uma doçura...
Agora compreendo a mousse...
Um abraço.

Poesia Portuguesa disse...

Quando actualizas? Venho sempre na esperança de encontar novo poema...Gosto muito de te ler.
Um abraço carinhoso e bom fim de semana ;)

happiness...moreorless disse...

fico perdida nestas palavras...
adorei

LUA DE LOBOS disse...

fizeste-me regressar... e não sei bem se foi bom :)
xi
maria
P.S. dia 18 vou estar aí convosco::))

Nilson Barcelli disse...

Adorei o teu poema.
Vê-se, sente-se, que foi feito com o coração. O teu deve ser (é mesmo) de ouro.
Beijos.