sábado, outubro 21, 2006
e renascem borboletas...
Da vida não teço conceitos
E deixo correr a meu jeito
Acasos da dita
As palavras por direito
Deslizam em ruas antigas
Que calcorreio em cantigas
Livres solidárias sem preito
No silêncio em folhas gravado
Componho do sorriso os afagos
Pelo meu caminho espaçado
Atento em todo o lado
Das palavras o alerta
Na alma sempre desperta
Do grito do sonho omitido
Do medo da descoberta
Com carinho os enlaço
Tentando suster abrigo
No véu outonal que crio
Por onde leve passeio
Quando em branco me deito
No brilho da brisa serena.
E renascem do passado
Coloridas borboletas.
(pintura de Cruzeiro Seixas)
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9 comentários:
Primeirinha!!!!
"...Na alma sempre desperta
Do grito do sonho omitido
Do medo da descoberta..."
É sempre um prazer renovado ler-te.
Adorei.
Beijo e bom fim de semana ;)
adorei o poema, principalmente porque queria muito fazer renascer a minha borboleta do passado...
um beijinho*
bom semana
repito o comentário deixado no (I).
Sublime! Mas preocupa-me não ver o sinal de registo na SPA. Será que tens as tuas poesias protegidas?
Beijo
"No brilho da brisa serena" - uma imagem de tranquilidade e beleza.
Relaxa...
Faz-me voar, tal como no yoga.
Obrigada, Amita
Beijos e abraços
Marta
Não sei fazer crítica literária e muito menos de poesia, mas sei se gosto, ou se não gosto.
Desta gostei francamente porque lhe achei um fio condutor, uma "poesia-prosa".
Boa semana
E as pontas dos dedos acariciam a corola das palavras que suavemente respingam no perianto do poema...levo um sorriso, deixo-te um beijo :)
Paso aqui. TODOS os dias. Mas prefiro deixar aromas de mim, indistintos de mim, razões sem razões de mim, pedaços de mim que já nem são meus. Sei que tu me sentes aqui...
Beijos Fatinha
Ao fluir da vida, ao fluir da sentimento, ao fluir da escita... lindo. Gosto imenso
Abraço
António
Sempre tão doces as tuas palavras...
Sentimentos a esvoaçar... ;)
A pintura também está tão linda :)
Beijokas, bom fim de semana.
Até breve*
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