
Emblemáticas, monocórdicas, arredias,
pelos dias pairam letras e palavras
numa invasão programada
e de constância interrompida
trespassando as paredes da casa
E alego convincente
- Amanhã vou! - Ia…
se o ontem no presente
pelo nada se abria
E soldava-as lentas e leves
num espartilho de sal e pedra
na certeza desejada e incumprida
daquele sorver de passos
vozes, beijos, rever laços,
em lonjura adormecida
Sob a equidistante neblina,
adensada e caminhante,
embalei as velas do nosso barco
numa serena deriva
onde verdes peixes cantavam
nos murmurados solfejos
de um mar de amor, paz e vida
Emblemáticas, monocórdicas, arredias,
dançam letras e palavras
na lesta terminologia
de fortes correntes de água
(Fotografia de Zacarias Pereira da Mata -
Blog: http://zacariasdamata.blog.com/ )
Poema in "Transparência de Ser"