terça-feira, agosto 12, 2008
A semente
Dizes-me que tudo é passado
e que as letras a teu lado
são meras curiosidades planas…
quando vejo a utopia incauta
te perseguir como lâminas,
fulgentes,
qual memória do vento na rama
indizente e, pela calada da noite,
a toda a hora brada e clama
Esse sentir de esperança e mágoa
omitido no vazio de horas cantadas
em desafio
de outras vozes no espaço,
restrito, alargado,
sob um silêncio
mais das vezes camuflado
Assim se restolha a semente
em poisio após a lavra
e, após um tempo ausente,
seus membros espalha,
lentos, ao sopro do vento,
numa terna canção de letras
no deserto ramificadas
Escuta! Ouve,
da rama o canto, a chama, e
na semente o sopro da calma.
(imagem Google)
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12 comentários:
Nada se faz sem calma...sem esperança...
Tudo floresce na altura certa...Só que, às vezes, somos impacientes demais...
Como sempre, uma beleza....
Obrigada...Um xi
Marta
A semente precisa do seu tempo o do seu espazo específico para desenrrolarse...
Delicado e fermoso post!!!.
Unha aperta.
:)
Um poema calmo e sentido. Gostei.
"...Esse sentir de esperança e mágoa
omitido no vazio de horas cantadas
em desafio
de outras vozes no espaço,
restrito, alargado,
sob um silêncio
mais das vezes camuflado..."
...e a esperança é o cerne da Vida. Sem ela como poderíamos sobreviver num mundo de mágoas, lágrimas e dor?
Poema de esperança e da calmia de um tempo que irá sobreviver...
Um grande beijo de carinhos ;)
Cada semente é uma esperança
uma nova vida, na calma humidade da terra.
Passará as mágoas, os choros de alegrais e tristezas e engrossará na esperança de germinar.
No vagar do vento... na arte de amar.
Um abraço
Maravilhosamente belas as tuas palavras!! Graças à nossa comum amiga Otília já posso ouvir esta música que me deixa a chorar...no meu romãs!! Muitos beijos para ti.
São momentos de embalo sempre que te leio minha amiga!
E neste poema em que cantas a Esperança e o Acreditar, ainda que polvilhado de incertezas, florescem tantas vontades de lavrar rumos novos e sadios!
Beijinhos Amita.
Supremo!!! " Este sentir de esperança e mágoa". Cada sílaba transpira poesia, num canto de verbos que enriquecem a nossa existencia. Obrigada poetisa e amiga, por partilhares tão bela poesia.
Bjs mil para ti.
Olá, minha querida!
Queres dar um saltinho ao meu blog
http://eusoulouco2.blogs.sapo.pt?
Obrigado!
Beijinhos
Olá Amita.
Que é feito de ti mulher ???
Beijocas de Absconditum Mentis, ou de Espectro #999.
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
bravo! parabéns!
vou deixar também o convite para que visite meu blog.
abraços
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