quinta-feira, dezembro 10, 2009

Entre Dois Pólos



































Somos uma aventura surreal
Em isócrona sublimidade
Um sereno e leve respiro
Um diáfano e confesso encanto

Para as mentes sublunares
A irracionalidade somos
Ligando a intransponível razão
Ao diâmetro de todos os círculos
Com uma celeste e inatingível força

É o tempo de errância entre dois pólos
Como se uma arcana conspiração tivesse efeito
E, nas intemporais medidas,
Do ponto de suspensão a unidade,
O abstraccionismo dual,
Levemente constatassem
De PI a ternária natureza
E da raiz o secreto tetrágono.

Eremitas num todo flutuaremos
Absortos, incrédulos, abstractos,
Sob o mistério de um número perfeito
Em descobertas infindas
Pela matemática perda do círculo
Na prodigiosa candura do espaço.



A todos desejo umas alegres Festividades e 2010 em harmonia
e Paz.
Bem hajam.


(imagem de René Magritte)

12 comentários:

Paula Raposo disse...

Muito obrigada, Amita!
Uma época muito boa é o que eu te desejo.
Beijos.

Unknown disse...

Amita linda!
Saudades de ver-te por aqui!
Bom saber de ti e ler todo o lindo que publicas!
Obrigada, querida!
Muitos beijos, flores e muitos sorrisos!

Marta Vinhais disse...

Há sempre coisas a descobrir....no mundo, mas essencialmente em nós...
Boas Festas para ti....
Beijos e abraços
Marta

carlos disse...

Amita, entre os Pólos está a vida...com as suas alegrias, as suas tristezas e as suas razões (âncoras)...Beijos. Carlos

Vem ver as minhas âncoras.

lupuscanissignatus disse...

desmedida

mesa

onde saciamos

a fome de

razão e emoção



*um abraço
e bom domingo*

Rolando Palma disse...

As palavras, sempre as palavras.
Emoção, devoção... aquela sensação de que tudo é possível.


Fica bem.
Rolando

Anónimo disse...

a sapiência é um número ímpar da vida, que só algumas raras pessoas possuem. um grande beijinho, amita.

Luis Ferreira disse...

Um excelente poema, num espaço de grande beleza e sentimento.

Gostei de visitar-te

Mandei um mail para ti, depois diz-me qualquer coisa

Bjs amiga
Luis

Unknown disse...

e porque gostaste, aí vai embrulhado em Luz, Amor e laços de ouro :)


Quarta-feira, Dezembro 23, 2009
porque...



porque não cabemos entre baias nem atrás de grades,
porque somos ventos, tempestades e bonanças,
porque vergamos como o bambu mas não quebramos,
porque sentimos a dor dos outros,
porque somos chuva torrencial
e calor ardente,
porque de voz rouca ou num canto límpido
gritamos as palavras,
porque somos filhos do universo,
porque somos energia e luz
porque somos poetas.


maria de são pedro
23.12.2009

Marinha de Allegue disse...

Unha aperta no día de Nadal para ti!!!.
:)

julia calçada disse...

Obrigada pela tua visita com palavras, querida Amita!
Desejo-te um Novo Ano cheio de Luz!
Um beijo grande.
Júlia

Unknown disse...

Belo poema!

Estou encantada!

Beijos

Mirse