domingo, janeiro 06, 2013
Vi!
Vi, ninguém me contou,
o que sentias nessa pele
seca, dura e fria,
outrora tão macia e cuidada
Vi, com os olhos que o ser transporta,
sentires diversos
caminhantes de porta em porta
que abrias e não fechavas
Vi a omissão de plenos dias
nas folhas desbotadas pelo tempo
nesse livro adormecido
que não cuidavas
Segui teus passos em silêncio
qual cristal pela neblina esfumado.
Por ti, senti o medo
na flor de um tempo não desabrochado
quando passaste
absorta, num mundo distante,
a meu lado
Crê que as agruras da vida
serão a luz nos teus passos
das horas acres, indomáveis
em que te vi
amorfa, desatenta, desesperada
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7 comentários:
Ás vezes, ficamos sem sentir, encolhidas num tempo sem memórias...
Talvez se encontre a luz e a esperança nessas portas que não estão fechadas....
Lindo...Desejo um Bom Ano...
Beijos e abraços
Marta
Olá. É com prazer que leio o seu poema. Parabéns.
"Vi" e li com o prazer da tua poesia.
O "eu" a falar para o seu "eu" no tempo das memórias. Sublime, querida Amita. Grande poeta.
Beijinho amigo e uma flor.
Gostei dos poêmas!!! Umha apreta!!!
Que coisa mais linda!!!
bjos...
poema de desalento que retrata um momento actual
mas, a esperança existe e isso é importante.
um beijo
;)
Olá querida Amita!
Pela primeira visito o teu blog.
Aproveito para deliciar-me com os teus belos poemas!
Parabéns!
Bji e xi
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