terça-feira, março 06, 2007
Véus de redes
E caminhamos
Sobre reluzentes espaços
Onde nas nuvens espaçamos os sentidos
De deliberada e urgente ausência
E tornamo-nos aves de vento sobre
O sentimento de palavras
Outrora de planos leves quando
Em inocuidade
Seguimos os fáceis traços não vistos
E na incongruência tecidos
Lenta-mente sobre sorrisos doces
Como aquela criança inocente
Brincando na infinitude da mente
Do tudo algo se sabe, se sente
Por vezes numa única palavra
De um passo na brisa suave
Que em sussurros nos canta
Barcos, árvores e fogo
Sob o degelo do entendimento
Para onde caminham as águas?
Assim meu coração clama
Em brados de mar e vento
Para que serene eternamente
E do amor se teçam véus de redes
Na plenitude refulgentes
(imagem de Rarindra Prakarsa)
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10 comentários:
Mesmo doente, que a minha cabeça não está a fim de grandes comentários, quero dizer-te como fiquei tão FELIZ com o teu tão BELO poema!! A imagem é soberba e lindamente adequada!
Um abraço carinhoso e ainda bem que estás de volta, estavas a fazer muita falta!!
:)
estou muito contente por teres regressado, fiquei feliz, muito feliz
o teu Poema hoje teve um sabor especial, foi um caminhar dentro de versos sentidos
senti emoção, deixei que as palavras me conduzissem até sentir o cheio a mar
adorei!
ainda bem que estás de volta, senti saudades de te ler e o mais importante é que fazes falta
linda a imagem, doce Amita
abraço-te com uma grande ternura, beijinhos para ti muitos, doce Poeta
lena
Olá Amita,
Somos um conjunto de bloggers independentes e criamos um blogue único: 6minutos.com, que, divido por secções, aborda variados temas: Notícias, Artes e Letras, Internet, Tecnologia, Automóveis, Viagens...
Esperamos por ti!
Até já!
queridíssima amiga. a pausa foi o tempo benigno de amadurecimento das palavras sementes que agora já floriram neste poema. adorei vir e passear neste jardim. és única. e agradeço também o teu comentário. um grande beijinho. até breve ;)*
As águas trouxeram-me até ti - bom estares de volta!
Para onde caminham as águas? Para onde está o nosso coração....
Lindo, Amita - adorei!!!
Beijos e abraços
Marta
levou-me a uma saciedade quieta.
o que exala do teu mar trás os favores lânguidos do sargaço.
assim rezo a minha salinidade.
"E a criança da mente mais serena olhou os espaços reluzentes e amou; a plenitude dos véus e caminhos de águas em cantos sussurrados às árvores, barcos e fogo espalhados nas brisas que refrescam os sentidos!". Estás de volta Amita para muito disto... gostar de ler-te, e obrigares-me a gostar de escrever! Beijinho grande amiga...
Beijo doce
abraço-te de novo porque vim reler-te
beijinhos meus Amita
lena
Gostei muito, poesia flutuante!
=) ******
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