quinta-feira, maio 22, 2008
Inocência
É amena a hora e o tempo casto.
Na flor, o orvalho da manhã
estende-se em planos
indeléveis, indefinidos, breves,
qual pena em mão de criança
que do sonho nada teme.
E, sorrindo à brisa, se balança
indiferente ao conselheiro sem idade -
exponente pluriforme da morte -
em incauta obstrução à vulnerabilidade.
É amena a hora e o tempo casto.
Da silhueta ténue da rosa-menina
urge afastar densos passos
sobrepostos na tapeçaria da vida.
(participação no 3º jogo daqui )
Pintura de Lucien Lévy-Dhurmer
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6 comentários:
Não tens que pedir desculpa, a tua visita foi bem acolhida e recebe o meu agradecimento também pelo teu comentário.
A tua participação no jogo também merece parabéns e por isso aqui tos deixo com o desejo de que estejas sempre presente.
Seja Feliz!
O tempo fica suspenso, deslumbrado com tanta beleza que aqui respira....
Adorei cada palavra....
Até já...
Beijos e abraços
Marta
"É amena a hora e o tempo casto."
Muito belo!
Gostei do poema.
Cumprimentos
Excelente a tua participação cara amiga.
Como sempre, aliás.
Boa semana, beijinhos.
"Da silhueta ténue da rosa-menina
urge afastar densos passos
sobrepostos na tapeçaria da vida."
Um poema que me deu que pensar...
Grata por ele. Gostei MUITO!!!
Beijinho ;)
cada vez mais belo!
beijinho,
***maat
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