segunda-feira, abril 28, 2008
Escrevo...
Escrevo…
O teu nome de sombra num leito de chocolate
no envolvente degrau da espaçada memória.
Escrevo…
Omitindo a ténue licença do sol
despontado pela linha das flores,
na caixa em eterna viagem.
E, da vida,
teço outonais ramas de palavras
de infinitude suspensa.
Escrevo…
A inefável nudez da hora.
(minha prestação para o 2º Jogo daqui )
Pintura de Henry Asencio
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14 comentários:
Belo poema, rico na referência a vários horizontes do tempo e espaço e à "espaçada memória".
Na personificação das coisas e da hora... sem tempo: Nua!
Bonito!
Obrigado
Já te dei a minha opinão pessoal...
"...E, da vida,
teço outonais ramas de palavras
de infinitude suspensa."
Adoro a tua imagem do profile... mas é melhor colocá-la maior... é tão pequenina, que logo agora que ando a "ver" mal...e não posso abrir muitos os olhos... :-))))
Beijocas e grata pela tua Amizade que é, de igual modo, MUITO retribuída!
Bj
;))
Um poema fabuloso sobre a memória que fica...
Sobre as horas que passam...
Adorei a imagem...
Até já...
Beijos e abraços
Marta
escrever
o sol
escrever
a sombra
"A inefável nudez da hora" é bem bom!
Cumprimentos
Esta tua participação foi excelente. Parabéns.
Bom resto de semana, beijinhos.
"Escrevo...
A inefável nudez da hora."
E assim vamos mantendo o fogo sagrado.
a nudez da hora: omissa de luz, sem que seja definível pela sombra. sem "branco" e sem "preto", mas hora.
"Escrevo", sentes, amas, e vibras em cada palavra poetisa. belíssimo poema. custou a entrar mas...:) é um prazer testemunhar no teu blogue a minha admiração pela tua poesia. Parabéns e um xi coração de amizade.
um poema tão inefável como a hora em que o escreveste, certamente :)
beijinho grande, amita.
Que bem escreve "a inefável nudez da hora".
Beijo.
É lindíssimo este teu poema!!! Beijos.
Passei por aqui e pelo «irmão I». Detive-me com prazer.
Na contenção vocabular está, certamente, a leveza profunda destes poemas.
Gostei. Regressarei.
Fernando Peixoto
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