quarta-feira, março 21, 2012
Verbo
Chove! Apenas chove!
Assim se ensina, assim se dita
e a interposta pessoa não se move
subjugada pelo rumo da sina
Naquele dia choveu!
Num além longínquo ou perto
e, sob a intransigência do verbo,
cada sonho esvaeceu
Mas eis senão quando
se assume o diletante Poeta
urdindo caminhos sem meta
na deflexão defectiva…
E me chove tanto, tanto,
que me anoiteço no canto.
Mas se me prouvesse a vida
amanheceria, estou certa,
nas mãos leves do Poeta
e sorriria. Então sorriria.
(pintura de Julio Romero de Torres)
Poema in "Transparência de Ser"
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5 comentários:
Chuva de palavras que aquecem o coração....
Lindo como sempre.......
Beijos e abraços
Marta
Mais um dos muitos belos poemas! Tão bem acompanhado pela pintura escolhida e por esta música maravilhosa...beijos.
à noite
o poeta
tece
os caminhos
do amanhecer
(leio aqui o "intransigente
verbo" da alvorada)
Neste " Verbo ", chove bela poesia,
que sai da mente ao coração e do coração às mãos para chover harmonia. Maravilha, linda Amita. Uma aplauso sonoro.
Beijos
Tecas
belo e expressivo. *
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