sexta-feira, outubro 31, 2008

Três tempos






















Sobre os telhados das casas
O mundo dança
Em falaz sintonia
Qual bailarino-equilibrista
Lançando raios na escuridão

Do amor menor,
Galanteio em tempos idos,
Vivenciámos a capitulação
Num reino de fausta mentira

O amanhã, em harmonia
Será tecido nos alinhavos –
Esforço de longos dias –
Da liberdade, da luz da vida
Num unívoco sentimento
E sob os telhados das casas
Bailarão sorrisos amenos
No gesto leve da rama
Em marés dúcteis e calmas

Assim se queira… Assim se faça…


(imagem de Alfred Gockel)

(minha participação no 7º jogo daqui )

8 comentários:

vieira calado disse...

Gostei deste esbelto poema.

"Assim se queira...
assim se faça..."

eis o segredo.
Obrigado pelo seu comentário no meu blog.

Menina Marota disse...

Pois é... os telhados das casas... sorrio...

Beijinhos e bom fim de semana ;))






(Quando tiras estas letrinhas? Já escrevi 3 (TRÊS) vezes o comentário. Senão entrar agora, já não tento mais... )

Peter disse...

Cada comentário destaca as preferências do todo:

"Do amor menor,/
Galanteio em tempos idos/
Vivenciámos a capitulação/
Num reino de fausta mentira"

E a música? Apetece parar aqui um pouco.

Anónimo disse...

Não são versos tristes, mas os impregnei da tristeza do meu olhar.
Manoel Carlos

em azul disse...

Bela participação
Parabéns
Um beijo
em azul

LuzdeLua disse...

Bela postagem!!
Passando, deixo-te um abraço amigo e bons desejos pra semana.

Ana disse...

Assim nasceu o poema...

Parabéns pela harmonia das palavras, da imagem , da música.
Um beijo.

Marta Vinhais disse...

Nem sempre se pode....
Dançar como se sonha e deseja...
Lindo o poema....Simples, carinhoso...
Beijos e abraços
Marta