quarta-feira, abril 08, 2009
Tempestades
Falemos de tempestade,
de nomenclatura, da gramática,
do facto de facto estudado
e em urdidura consumado,
da discrepante revolta estática
num tempo de propriedade
Do levante ao poente
varrem-se letras, sinais
gravados no útero da mente
que nem o tumulto pára…
E nas tempestades, sem mais,
da árvore erradicam-se ramas
Falemos baixinho dos ais aflitos.
Acomodemos as águas
a advir nos olhos cansados
de dor nas ínfimas entranhas
e, no sufoco do grito,
em convenções divulgado
Com tais raios e troviscos
na linguística fragmentada,
sob espanto nunca visto
pela semiologia alterada
sopra um vento com sorrisos:
- Adapta-te ou ficas parada!
(imagem de Blanca Ruth Casanova)
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20 comentários:
nenhuma convenção há-de travar a tua inspiração, querida amita :) um grande beijinho e uma flor ;)
A evolução não é linear, há altos e baixos, em tempos de retrocesso, como o que vivemos, muitas mudanças representam atraso, algumas delas, apresentadas como reformas são, na verdade, contra-reformas. No caso, a adptação merece a difença estabelecida por Paulo Freire entre adaptação e integração.
Manoel Carlos
A inspiração objetiva ou subjetiva é uma fonte bastante rica em ti.
Abraços
É realmente seguir o vento; reconstruir, rejeitar, refazer o que as convenções paradas no tempo não sabem...
Gostei muito....
Boa Páscoa
Beijos e abraços
Marta
Divina tempestade de palavras certas, num excelente poema.
Não gostei...simplesmente...amei.
Páscoa Feliz querida poétisa.
Um bji amigo
Cara Amita,
Lindo, o teu poema:
"...Acomodemos as águas
a advir nos olhos cansados
de dor nas ínfimas entranhas
e, no sufoco do grito,
em convenções divulgado".
Beijos
Cara Amita,
Já lá está. Maio, maduro Maio. Espero ter correspondido ao que querias.
Beijos.
escreve.te e ficas.te poema
um grande abraço para ti, amita
um beijinho
jorge vicente
Cara amiga, a tua poesia está mais excelente e inteligente que nunca.
Gostei mesmo muito deste poema. Não fiques parada... continua...
Bom resto de semana,
Beijos.
é sempre um prazer ler-te
xi
maria de são pedro
Olá, convido-te a visitar o meu cantinho, espero que gostes, beijinhos
http://mundomar.blogs.sapo.pt/
Adoro-te! E nem te atrevas a enviar-me o dito livro. Beijos
Vou ficar parado, é tarde para me adaptar.
P.S.- Ando com a moral em baixo, daí a minha ausência.
Fugir do fragmento. Redefinir a adaptação.
como eu gosto de ouvir falar baixinho, amita!
gostei de o fazer com as tuas palavras... "ao de leve".
foi bom estar novamente contigo.
um beijo
luísa
Belo poema.
N sei precisar em qual momento, mas ao ler-te algo me fez recordar Baladelaire.
www.instantes.blogger.com.br
Este é o endereço q vale ok?
É isso aí.
Bj e otima semana
Muito bom, este poema!
Cumprimentos
Sopram ventos...abalam-nos tempestades, na força das tuas palavras que adorei descobrir
beijos e foi um prazer conhecer-te
Amita! Como sempre! Escreves com os sentimentos todos...
Bom fim de semana.
Bjnhs do ZezinhoMota
Há muito tempo que aqui não vinha.
Passei para me inteirar do que foi saindo
e deixar cumprimentos
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