Falemos do ruído do vento
Do despertar intenso em cascata
Das mãos que em sonhos se agarram
Às névoas escuras e claras –
Estigma de esmaecidos momentos
Em branco e preto sentidos
Falemos de todo e qualquer pensamento
Correndo nas veias do acaso;
Das folhas redondas que caem
Em leves ornatos de dança
Sobre o prado que as enlaça
Verdejante ou definhado
Falemos da terra que trais
De que nasceste e para onde vais
Em adornos de renda;
Da mulher formosa que pariu ais
E a ti dedicou sua senda;
Dos capitéis jorrando lágrimas -
Refllexos em transparências -
No leito seco do rio
Falemos de memórias trazidas no vento;
Da rama esmagada, dolorida
Reclamada pela encruzilhada do tempo
Sem mais espaço nem medida;
De gente leve em cantaria -
Entalhes de vidas cruzadas
Pelas Sílfides – na sina em ti assente
Falemos baixinho
Mas falemos
Da palavra a ausência
Em imersos sentimentos
6 comentários:
Falemos de memórias, de tudo o que desperta os sentimentos e nos faz sentir o vento...
Mesmo quando a ausência está presente....
Lindo e suave..
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
"...
Falemos baixinho
Mas falemos
Da palavra a ausência
Em imersos sentimentos"
Gostei tanto deste poema...
Beijo e boa semana.
Falemos sim, porém por enquanto calo-me e sorvo tão belas palavras.
Manoel Carlos
Para quando mais poemas? Já fazem falta...não sejas preguiçosa!
Bjs
melodia nas palavras
Poemas lindos como sempre me acostumaste... Parece que também tu te ausentaste... Eu... Voltei num novo "mood" ;) Visita-me! ♥
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