sábado, junho 03, 2017

Pai


Ouve tua filha na carne rasgada.
Em poema, a vida são anos passados.
Sorrisos leves, inócuos, espontâneos,
Trazidos pela lembrança de idos anos

Escuta, Pai, os murmúrios do vento
Travados pela brisa que encanta
Como se fosse dança de criança,
Visão silente, afagada pelo sentimento
Nutrido pela raça

Se o tudo é nada, Pai,
Nas letras miúdas esparsas,
Vem com a delonga da lembrança
E traz contigo o ser amigo
Do simples e brando sorriso

Que não se apaga


3 comentários:

tecas disse...

Minha querida amiga e poetisa Amita, o teu poema «Pai» é de uma ternura emocionante. Excelente para não dizer Divino. Uma vénia.
Beijinhos em teu coração e obrigada pela partilha.

Menina Marota disse...

Li e reli o teu poema que me fez soltar uma lágrima de saudade do meu Pai.
Adorei esta tua sensibilidade filial.

Beijinhos e que estejas bem.

Poesia Portuguesa disse...

A visitar os Poetas que constam no Poesia Portuguesa.
Deixo o meu abraço