Dentro da noite de nós
há mistérios incontidos,
peças de vento
na vasteza de um oceano infindo,
a oscilação de um navio
em indomável situação de vazio
Soberano da noite sem voz,
pela savana avança o tigre
ao rufar dos tambores
em monocórdica batida.
A agudeza do seu olhar
em branco e preto tecido
lapida, em subtis fragmentos,
as raízes do dia.
É Morfeu clamando o esmaecido
com a sacudidela de suas teias
incomensuráveis, densas e finas
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
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7 comentários:
"dentro da noite de nós", é um verso muito bonito. beijinho grande.
"Noite sem voz" - há noites em que a solidão, o silêncio nos esmaga de tal maneira que ansiamos pelo Sol...
São os tais "mistérios incontidos" de que falas....
Lindo como sempre...
Beijos e abraços
Marta
"...há mistérios incontidos,
peças de vento
na vasteza de um oceano infindo,"
Grata pela visita e pelo comentário.
Beijinho e tudo de BOM para ti ;)
Em " Outra Dimensão"... mistérios da alma...< noite sem voz>. Belo e...parabéns querida Amita
Belo poema!
Ainda bem que temos o vento e Morfeu a ofertar suas teias e seus braços.
Obrigada por tua visita.
Beijos
Antes de mais: Parabéns!
Esta é a primeira vez que consulto este espaço, e do início ao fim considero-o um espaço de intelecto e cultura.
Gostei tanto dele, que caso de autorize, o gostaria de colocar no meu blog como um espaço a consultar...Acha apropriado?
Até breve, certamente, dado que voltarei para ler alguns dos seus poemas...
Dia da Mulher, talvez o mais indicado para passar por aqui para ler os teus poemas.
"A agudeza do seu olhar
em branco e preto tecido
lapida, em subtis fragmentos,
as raízes do dia."
Muito belo.
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