Num dia de tempestade, o Sol, timidamente, disse às Núvens: "Por favor, deixem-me espreitar! Gosto tanto de ver os verdejantes campos, as flores coloridas, o mar!... Levar um pouco de luz àquelas almas que deambulam ao sabor do impiedoso vento que tudo arrasta à sua frente, sem dó nem piedade!..."
E o Vento afastou as núvens para que o Sol pudesse espreitar e aquecer com os seus raios as deliciosas criaturas que corriam atrás do seu chapéu, cá por baixo.
O Sol esboçou um sorriso e, com ele, a claridade regressou plena às almas que deambulavam sem norte.
O Mar amainou a sua revolta contra o mundo cruel que tão mal o tratava.
O Vento soprou em brisa ténue e refrescante.
As Núvens coloriram o seu cinza carregado num branco brilhante pelos raios de sol que iluminaram os cabelos molhados que esvoaçavam ao vento.
As ruas espelhadas, em lencóis macios e sedosos se tornaram, convidando a mergulhos por entre os pequenos lagos instalados, como que a desafiar os transeuntes mais incautos.
As pessoas, encolhidas nas suas roupagens grossas e desconfortáveis, saltitavam por entre os lagos, como se tentassem escapar aos pingos de chuva que os iam alimentando, provocados pelo mau tempo.
Mas seguiam, de peito firme, desafiando as Núvens, tendo, por breves momentos, o Sol como seu aliado e o Vento como bom amigo que lhes iam lembrando que, afinal, nem mesmo o mau tempo as pode amedrontar, desde que possam, sempre, olhar para ele com um sorriso.
(Texto feito em parceria com o meu Amigo António)
quarta-feira, outubro 20, 2004
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1 comentário:
Texto mesmo apropriado para o dia de hoje em que o sol voltou a brilhar! E sempre o poder de um sorriso. beijinhos
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