sábado, novembro 04, 2006
Deduções
Deduzem-se inconsistências em factos
sob a inexistência de pontos claros
e pela planície da noite se espalham
infusões de asas e... estrelas
Deduz-se…
e o tudo de nada vagueia por elas
Fora eu aquele papel branco desdobrado
outrora emitindo caravelas
por mares, em ondulantes verdes árvores,
e não uma terra de salas
compartimentadas
praticando ensinamentos
tão leves...
Sorriria, sim, sorriria…
da imperante crueza dos actos
desfraldados em decretos
que à velocidade da luz são jorrados
para um ontem… já presente
E de pés descalços correria
pela copa de cada árvore esmaecida
levando pão, o sustento da Dita,
e a mão afagaria, contente,
dos brilhos, o ressurgimento
Deduz-se…
na sombra
um vento bordado de estrelas
(pintura de Gracinda Candeias)
Poema in "Transparência de Ser"
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15 comentários:
Olá menina linda,
Lindo! lindo poema, deleito-me numa viagem sem fim.
Bom fim de semana com harmonia e alegria.
Jinhos
Isa
Deduzo que sejas uma verdadeira poeta =)
adorei*
um beijinho
"Deduzem-se inconsistências em factos"
Se tenho visitado antes o teu blog, teria deixado o verso acima no comentário com que respondi ao Augusto, no blog dele.
"Na sombra
Um vento bordado de estrelas"
acompanham-me ao deitar.
Bom Domingo
Deduz-se; não se tem a certeza...
Pensa-se sob um céu estrelado..
Linda a imagem que me fica do poema e adorei a música.
Obrigada pela companhia.
Beijos e abraços
Marta
Deixa-me ir com esse vento borado de estrelas, A.
Beijinhos
"...Fora eu aquele papel branco desdobrado
Outrora emitindo caravelas
Por mares, em ondulantes verdes árvores
E não uma terra de salas
Compartimentadas
Praticando ensinamentos
Tão leves..."
... deduz-se... que cada vez mais a palavra é dedução, de sentimentos...
Adorei!
Um abraço e boa semana ;)
Deixo-te o meu sorriso e o meu abraço, que não é deduzido... é bem real...
Bj ;)
Deduz-se o prazer que em nós adivinhas quando na sombra dos dias nos estendes este manto de estrelas.
Beijinho doce, amiga, e obrigada!
"E de pés descalços correria
Pela copa de cada árvore esmaecida"
Que bela imagem! Quanta inspiração.
Dá gosto ler-te
Abr.
António
Precisaria escrever um outro poema, com a qualidade do teu, para te dizer o quanto de beleza as tuas palavras evocam, Amita. Como não tenho tal capacidade, apenas te digo: Belo, belo, belo. Beijos.
"Sorriria, sim, sorriria...
Da imperante crueza dos actos
Desfraldados em decretos
Que à velocidade da luz são jorrados
Para um ontem...já presente"
Um tom levemente político?
Hummm (suspiro)....sem palavras porque ja as disseste...e a folha branca que sempre estara escrita...
;)
Palavras penteadas com cuidados de espelho...belo!! Um beijo
Olá... belas as palavras que aqui li... um abraço...
Amiga... é sempre um enorme prazer poder ler o que tao lindamente escreves e compartes conosco... Sou feliz por isto!
Beijos... sempre!
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