Sussurros me posuem pela noite dentro.
Deslizantes no espaço semi-obscurecido que me rodeia, e que busco entontecida, ignorando o espaço e o tempo.
O desconhecido, nunca sentido, algures olvidado nos recônditos duma memória nunca intensamente clarividente, (des)conhecidos jamais pronunciados, quem sabe se em densas ilusões pensados...
A noite!... Irreverente, despudurada, perdida no éter de fluidos sonhados em musicalidades Wagnerianas... entre a Tocata e Fuga em Ré Menor de Bach, vagueia em mescladas luminosidades... a suavidade, a doçura harmónica dos azuis neutros, difusos, dos radiosos brancos de brilhos em ondulações de mares e murmúrios, para mim, só para mim, dum Debussy e o seu Claire de Lune...
E me perco! Me acho! Sem nada ver, só sentires em sonhos sonhados...
E vejo! Mas a cegueira é minha madre, que caminha sem guia, sem norte...
E sinto... sem sentires! Onde a ilusão impera!
Oh noite! Pérfida e inclemente, que com teus tentáculos me abraças, me levas para além dos sonhos!
Em palavras (in)distintas me perco! Que ouço, que não ouço, mas que me transmutam,
em perdições de eus...
Ao longe, ouço Jean-Michel Jarre no seu concerto na China...
A realidade chama por mim...
Sonhei?!? Divaguei?!?
Ainda não sei...
quinta-feira, outubro 07, 2004
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4 comentários:
Ai, a noite que nos agarra, nos engana, nos faz sonhar até acordados... Belo! beijinhos
Não sei se sonhaste, mas deixaste-me presa das palavras :-)
Beijo
Mais uma vez belas palavras aqui encontro, alias como sempre.
Beijinhos e um bom fim de semana amiga.
Se sonhaste ou não...conseguiste que eu sonhasse através das tuas palavras e ao som de Jean-Michel Jarre que há muito não oiço. Adorei Amita.
Tem um bom fds.
Um beijinho*.
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