sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Heresia...

Se água é purificação
Então grito renasci
Em águas do coração
Pecados não cometi
E me apago
Desfaço
Em orvalhos espessos constantes
Torturas prolongadas instantes
De negros com negros trajados
Não mereci

Abandonos profundos vendo
Qual moinho ou catavento
Rodando sozinho
Sem velas, brisas ou vento
Bátegas de chuva louca, cega, densas
Que não regam as tormentas
Da secura do caminho

Olhando confiante o firmamento
Acesa a luz da fé conservando
Tantas vezes esmorecendo
Se apagando
A reacendo
De mente
Nua

Na chuva
Densa

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