As casas vieram de noite
De manhã são casas
À noite estendem os braços para o alto
fumegam vão partir
Fecham os olhos
percorrem grandes distâncias
como nuvens ou navios
As casas fluem de noite
sob a maré dos rios
São altamente mais dóceis
que as crianças
Dentro do estuque se fecham
pensativas
Tentam falar bem claro
no silêncio
com sua voz de telhas inclinadas
(Poema de LUIZA NETO JORGE)
domingo, maio 22, 2005
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2 comentários:
Cada casa tem o seu mundo.. A "casa" é sempre onde se quer regressar pois é onde estamos em nós! :) Boa semana!
Uau!!
Luiza Neto Jorge!!
Boa escolha, plena de desconstrutivismo.
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