quinta-feira, março 30, 2006
Mil águas...
Numa caixa empoeirada
Sob o telhado escondida
Memórias mil adiadas
Papeis, laços, cordéis
Telas de vento esmaecidas
Tintas em voos d’outrora
Que abro, devagarinho…
Ecoam restos na cidade adormecida
De noites longas e frívolas…
Nos olhos curiosos
Desfilam
As silhuetas delgadas
Que um tudo…
Nada viam
Deslizam mil águas sob as pontes
Em suaves murmurinhos…
E de quando em onde
De Bach entoam sonatas
Cadências rubras de linho
Deste Abril que se avizinha
Com ternura encerro a caixa
Que abrirei
Noutra altura
Noutro dia
Quando planar serena
Ao som do brilho da Lua
(Autor da imagem: desconhecido)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Uma imagem de belas palavras que resvalam no curso de água da vida :) Beijinhos e bom fim de semana
Uma beleza de imagens e palavras!
Adorei!
Obrigada pela visita ao meu blog e espero sinceramente que volte.
O convite desta semana é para "aprender sevilhanas".
Um abraço
Marta
Lindo lindo...uma torrente de emoções.
Bom fim de semana
jinhos
Isa
Gostei imenso deste poema!
Excelente. Todo ele.
Deixo-te um sorriso...
Enviar um comentário