Acordei sobre uma das baías de Sanxenxo.
Que calmaria, que sossego, que paz!
Um mar calmo, sereno, com transparências de azul, onde nem o leve marulhar do desfazer ondulante do vai-vem da água na areia clara, nem o diálogo entre as gaivotas que, atrevidas, por vezes passavam sobre a minha cabeça, perturbava o silêncio que se sentia no ar.
Uma manhã solarenga, soprando um vento fresquinho do Norte.
Tudo era silêncio, levemente perturbado pelo tilintar do bater da corda no mastro, sem bandeira, dos nadadores-salvadores. Ainda não é época balnear!...
E as ilhas e os montes que rodeiam essa baía, com as casas penduradas sobre ela, os rochedos que parecem invadi-la, os barcos à vela que ao longe se vêem navegando, tudo faz parte desse contexto silencioso e instigador de calmaria.
Recostei-me numa cadeira a disfrutar esta maravilha e deliciando-me a pensar em coisa alguma.
Aparências!, porque se pensa sempre em algo, sempre há pensamentos vagos que vêm e vão, sem neles se meditar, sem termos interesse em desenvolvê-los, em aprofundá-los, em tomar decisões...
Bendita sensação de Paz!...
Começam, de onde a onde, a chegar passoas para as suas caminhadas na areia, à beira-mar, outras com os seus cães, outras correndo, brincando, fazendo exercício, enfim, aproveitando o sol da manhã.
Também elas procuram algo...
Algo diferente! ... Imagino eu...
Quem sabe!...
sexta-feira, setembro 10, 2004
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3 comentários:
Adorei que tivesses partilhado essa manhão com os teus leitores:D
Tens de escrever mais vezes em prosa, pois quando o fazes deixas-me maravilhado, a ler e reler os teus posts.
Beijinhos...
Que sensação boa me transmitiste ao ler este teu texto Amita. Adorei.
Fica bem.
Um grande beijinho.
Olá amiga! Ando a passear, a visitar amigos e encontrei este teu texto tão belo e tão calmo. Que maravilhosa sensação a que descreves! Um beijinho e bom fim de semana.
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