segunda-feira, setembro 06, 2004

Saudades

Saudades da candura dos Tempos
Infância calma, serena, em harmonia
com tudo e todos
Introspectividade, palavra desconhecida,
vivida na sua plenitude dos tenros anos.

Alegria não esfuziante, de sorriso pronto
Curiosa do saber, ouvindo, lendo
Vivência musical de clássicos e poetas
trauteados, declamados por seu pai

De menina a moça, um passo
que de tão pequeno se mesclou no tempo
A grande cidade, desconhecida, ruidosa
O temor da invasão do seu mundo

O refúgio no Templo, nos livros, na música
Auto-defesa do temor de paz invadida
Os sonhos, transporte para mundos irreais
plenos de côr, felicidade, harmonia
na sua interioridade defendidos,muralhados

Saudades de tempos felizes
Saudades da acalmia reinante
Saudades boas que hoje me fazem sorrir.

5 comentários:

mauro_mars disse...

Pois a saudade é um sentimento complicado, pois ora nos deixa bem, ora nos deixa tristes, temos de compensar a tristeza com memorias dos momentos felizes...

Beijocas...

P.S.- Boa sorte na tua nova morada electrónica...

lique disse...

Que bom que as tuas saudades dos tempos de inocência e alegria pura te deixam a sorrir. Quando as saudades da vida passada passam por nós ternamente, é sinal que vivemos bem. Beijinhos

Estrela do mar disse...

Nem todas as saudades me fazem sorrir, mas existem aquelas com as quais me divirto a lembrar, e "passar2 novamente por momentos inesquecíveis.
Fica bem.
Beijinho grande.

P.S.Ainda bem que te descobri neste novo cantinho...já não tinha paciência para o SAPO!!!

Maria Papoila disse...

Parece que está tudo a abandonar o charco :). bjs
http://panquecas2.blogspot.com/

JPD disse...

Olá Amita
Belo poema.
Podia lá deixar de colocar o teu blog nos favoritos!
Bjs