Jura-se pela cegueira
Sendo essa a primeira
Que sai de almas caladas
Jura-se pelos filhos a saúde
Pelo desamor que a miúde
A cada momento passa
Jura-se pelo raio ardente
Caindo na cabeça demente
De quem a jura abraça
Jura-se no altar perante Deus
Eterno amor, olhos nos céus
Respeito e fidelidade
Jura-se em surdina até
Em rezas que a mofina vê
Quando se jura mais alto
Jura-se não dê um passo mais
E outros dizeres que tais
São juras que eu não canto
Jura-se a torto e a direito
Por orgulho por despeito
De descobertas passadas
Jura-se em actos de amor
Ou em confrontos de dor
Tempestade ou calmaria
Jura-se tanto, mas tanto
Que a jura perdeu encanto
E tornou-se romaria
quarta-feira, março 30, 2005
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3 comentários:
...como concordo contigo...a "jura" tornou-se banal...todos a utilizam...sem muitas vezes perceber a real impotância que ela tem...gostei muito deste poema amita...
Um beijinho* grande amiguinha.
Taí! Estou de acordo!! Banalizaram as juras.. todas, até as juras de amor!
bonito texto..
beijos,
Gostei deste poema,pois é verdade hoje em dia até se jura pelo q é mentira daí a "jura" ter perdido o encanto!!Adorei este teu oputro blog amiga! :) beijo grande!
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