domingo, abril 30, 2006

A Casa da Árvore
















Suspensa numa árvore respira uma casa
pequenina insignificante indistinta tosca.
Aos olhos calados é uma casa lisa.

Da ranhura do telhado uma pena é vergada.
O peso da sombra das horas seus filamentos
espalha sobre o mato verde em escada.

Em surdina esboça uma cantiga de Maio
tímida.

Sobre as gotas de orvalho que a noite pende
deslizam pétalas de algodão doce em notas azuis
soltas pelo calor da manhã.

É uma casa singela navegando no silêncio
dos longos segredos enlaçados pelo mar.


O sonho encheu o dia de aromas
e iluminou de sorrisos ternos
um sereno despertar.

6 comentários:

celofane disse...

um suspiro em suspenso e parado o tempo persiste o aroma a primavera

Nilson Barcelli disse...

Gosto imenso dos teus poemas.
Deste também.
Deverias reunir alguns e tentar publicá-los em livro. Eu compro...
Beijos querida amiga.

Memória transparente disse...

Bonita imagem, simbolizada na casa da arvore e no poema à volta da mesma.

Beijinhos.

Unknown disse...

Querida amiga,
Hoje, ao fim, retorno. Estive de mudança de casa, milhoes de coisas para arrumar, e para completar, mais de um mês sem internet e depois, uns quantos dias com a conexao sem funcionar bem... mas felizmente cá estou outra vez, para ler-te, saber de ti, e dar notícias de mim também.
Beijos, flores e muitos sorrisos para ti!

Nilson Barcelli disse...

Já devias ter escrito mais uma página do teu livro...
Vamos lá Amita. Força.
Beijos querida amiga.

Maria Azenha disse...

eu não compro poemas,delicio-me com eles.
este momento de poesia é lindíssimo.
Afinal ela está em nós e em todo o lado, não é?


bjs, querida Amiga.


***maat