Grinaldas são
Chocolates doces
Que se abrem no caminho
Ternura de amores
Trilho em amplidão
Que se desdobra sozinho
Coroas de flores belas
Maviosas singelas
Seda veludo tecidas
Aves plumas esbatidas
Na solidão e contudo
É um enlace desnudo
São pétalas de rosas
Etéreos voares
Essências deleitosas
O silêncio cantante
Luz a cada instante
Formas d’amares
É alegria é saudade
Amor puro a verdade
Plenitude de dar
Voando pela palavra
Da ternura adorada
É partir e voltar
sexta-feira, abril 29, 2005
quarta-feira, abril 27, 2005
Poema desconexo
Vagueio num mar de letras
Poema sem ligação
Horas batidas no tempo
Que mais não são
Um denso momento
Rosa-dos-ventos girando sem vento
Vejo movimentos atados
Laços de escuridão
O negro encanecendo
Sinfonia sem mãos
Poesia estremecendo
Nuvens toando cavalos alados
É um poema desconexo
Na selva das folhas
Tombadas incerto
Ténue sopro d’areia
No sal do deserto
Poesia de pólos amorfos sem meias
Poema sem ligação
Horas batidas no tempo
Que mais não são
Um denso momento
Rosa-dos-ventos girando sem vento
Vejo movimentos atados
Laços de escuridão
O negro encanecendo
Sinfonia sem mãos
Poesia estremecendo
Nuvens toando cavalos alados
É um poema desconexo
Na selva das folhas
Tombadas incerto
Ténue sopro d’areia
No sal do deserto
Poesia de pólos amorfos sem meias
terça-feira, abril 26, 2005
Verde sol
Dizem que o sol é brilhante
Quando canta a tua canção
Ondulante
Dizem que as searas se transformam
Em mares d’oiro alquímico ao luar
Nas tuas mãos
Dizem que o peregrino estrelar
Ave sedenta de sons coloridos
Deslizantes
Te seguem
Percorrem
Se vestem
Desnudam
Transmutam
Atentos cantam
O canto
Que
Queres
Dizem… verde sol somente
Quando canta a tua canção
Ondulante
Dizem que as searas se transformam
Em mares d’oiro alquímico ao luar
Nas tuas mãos
Dizem que o peregrino estrelar
Ave sedenta de sons coloridos
Deslizantes
Te seguem
Percorrem
Se vestem
Desnudam
Transmutam
Atentos cantam
O canto
Que
Queres
Dizem… verde sol somente
terça-feira, abril 19, 2005
Fios de Letras
Entre as verdes letras tento
Insegura uns passos dar
Vendo sentindo sabendo
Das letras o seu dançar
Com meiguice se desdobram
E se dobram
Lançando flores em laços
E cantam encanto de mim
Suavidade sem fim
Transformadas em abraços
Ténues fios em suspensão
Translúcidos transparentes
E deslizo
Bailando em letras pendentes
São momentos em que não
Existe abrigo
No silêncio me quedo assim
Em ternura
Na candura
Serenidade de mim
E me sento
O canto das letras contemplo
Em doces pétalas enlaçada
A porta entreaberta olho
E escolho
A simplicidade encontrada
Das cores puras delicadas
Os fios de letras abandono
Sem mágoa sem dolo
E sigo abrindo
Flores por poetas cantadas
Num azul sonho
Sorrindo
Insegura uns passos dar
Vendo sentindo sabendo
Das letras o seu dançar
Com meiguice se desdobram
E se dobram
Lançando flores em laços
E cantam encanto de mim
Suavidade sem fim
Transformadas em abraços
Ténues fios em suspensão
Translúcidos transparentes
E deslizo
Bailando em letras pendentes
São momentos em que não
Existe abrigo
No silêncio me quedo assim
Em ternura
Na candura
Serenidade de mim
E me sento
O canto das letras contemplo
Em doces pétalas enlaçada
A porta entreaberta olho
E escolho
A simplicidade encontrada
Das cores puras delicadas
Os fios de letras abandono
Sem mágoa sem dolo
E sigo abrindo
Flores por poetas cantadas
Num azul sonho
Sorrindo
domingo, abril 17, 2005
CORRENTE DE LITERATURA
Tendo sido apanhada nesta corrente literária, agradeço
as amáveis palavras que me dedicaram os blogs:
www.outravoz.blogspot.com
www.conversasdexaxa3.blogs.sapo.pt
Assim passo a responder às perguntas:
P: Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro
gostarias de ser?
R: Todos e nenhum. Todo o tipo de literatura me encanta
P: Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por um personagem
de ficção?
R: Vivo qualquer tipo de livro. Apanhadinha, não.
P: Qual foi o último livro que compraste?
R: “Memória das minhas putas tristes” de Gabriel Garcia
Marquez
P: Qual o último livro que leste?
R: “Os amores de Safo” de Erica Jong e
“The Kitchen God’s Wife” de Amy Tan
“O mistério do jogo das paciências” de Jostein Gaarder
P: Que livros estás a ler?
R: “A obscena senhora D” de Hilda Hilst
“Encontro com o Mestre” de Mestre DeRose
“Ilusões” de Richard Bach
Diversos livros de poesia
P: Que livros (5) levarias para uma ilha?
R: “Ulisses” de James Joyce
“O sentimento de si” de António Damásio
“A Selva” de Ferreira de Castro
“O Império” de Gore Vidal
“O sangue de Cristo e o Santo Graal” de Michael Baigent,
Richard Leigh e Henry Lincoln (para reler)
P: A quem vais passar esta cadeia (3) e porquê?
R: Ao Fernando B. do blog: www.lusomerlin.blogspot.com
Ao José Gomes do blog: www.movimentum.blogs.sapo.pt
Ao Bené do blog: www.oapanhadordesonhos.blogspot.com
Motivos especiais não tenho, a não ser que são bons e queridos
amigos que espero aceitem o desafio.
A todos(as) os outros(as) Amigos(as) que muito prezo e admiro
um cantinho muito especial está guardado em mim.
as amáveis palavras que me dedicaram os blogs:
www.outravoz.blogspot.com
www.conversasdexaxa3.blogs.sapo.pt
Assim passo a responder às perguntas:
P: Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro
gostarias de ser?
R: Todos e nenhum. Todo o tipo de literatura me encanta
P: Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por um personagem
de ficção?
R: Vivo qualquer tipo de livro. Apanhadinha, não.
P: Qual foi o último livro que compraste?
R: “Memória das minhas putas tristes” de Gabriel Garcia
Marquez
P: Qual o último livro que leste?
R: “Os amores de Safo” de Erica Jong e
“The Kitchen God’s Wife” de Amy Tan
“O mistério do jogo das paciências” de Jostein Gaarder
P: Que livros estás a ler?
R: “A obscena senhora D” de Hilda Hilst
“Encontro com o Mestre” de Mestre DeRose
“Ilusões” de Richard Bach
Diversos livros de poesia
P: Que livros (5) levarias para uma ilha?
R: “Ulisses” de James Joyce
“O sentimento de si” de António Damásio
“A Selva” de Ferreira de Castro
“O Império” de Gore Vidal
“O sangue de Cristo e o Santo Graal” de Michael Baigent,
Richard Leigh e Henry Lincoln (para reler)
P: A quem vais passar esta cadeia (3) e porquê?
R: Ao Fernando B. do blog: www.lusomerlin.blogspot.com
Ao José Gomes do blog: www.movimentum.blogs.sapo.pt
Ao Bené do blog: www.oapanhadordesonhos.blogspot.com
Motivos especiais não tenho, a não ser que são bons e queridos
amigos que espero aceitem o desafio.
A todos(as) os outros(as) Amigos(as) que muito prezo e admiro
um cantinho muito especial está guardado em mim.
sexta-feira, abril 15, 2005
Anatomia
São olhos, são mirantes
misteriosos, indagantes
os passos que aqui passam
São braços longos, envolventes
tentáculos nus, inconscientes
os olhos que me enlaçam
São mãos finas, delicadas
afagantes, espantadas
os braços que caem pendentes
São pés que correm sinuosos
ziguezagueantes, tortuosos
as mãos tacteantes, frementes
São corpos, peles, amantes
de outros que por instantes
os pés levam em correria
São eternas mentes
que leve desmentes
É Anatomia!
misteriosos, indagantes
os passos que aqui passam
São braços longos, envolventes
tentáculos nus, inconscientes
os olhos que me enlaçam
São mãos finas, delicadas
afagantes, espantadas
os braços que caem pendentes
São pés que correm sinuosos
ziguezagueantes, tortuosos
as mãos tacteantes, frementes
São corpos, peles, amantes
de outros que por instantes
os pés levam em correria
São eternas mentes
que leve desmentes
É Anatomia!
domingo, abril 10, 2005
São Olhos...
Teus olhos, amor, teus olhos
Na noite fria, na densa escuridão
Têm a dureza do aço mais não são
Que pedras negras, opacas, então
Teus olhos, amor, teus olhos
Pelo entardecer quando o sol se deita
São terra castanha, a areia que enfeita
Paisagem dormente em que se deleita
Teus olhos, amor, teus olhos
Na claridade fogosa intensa do dia
Ardem verdes matizes da pradaria
São ventos sibilantes em correria
Teus olhos, amor, teus olhos
Na tímida luz da aurora despontando
É barco à deriva de azul mar tentando
Inalar laços pontes no sufoco do canto
Os olhos, amor, os olhos
Que passam nos tempos serenos
Cândidos ternos alegres amenos
Condoídos piedosos são eternos
Na noite fria, na densa escuridão
Têm a dureza do aço mais não são
Que pedras negras, opacas, então
Teus olhos, amor, teus olhos
Pelo entardecer quando o sol se deita
São terra castanha, a areia que enfeita
Paisagem dormente em que se deleita
Teus olhos, amor, teus olhos
Na claridade fogosa intensa do dia
Ardem verdes matizes da pradaria
São ventos sibilantes em correria
Teus olhos, amor, teus olhos
Na tímida luz da aurora despontando
É barco à deriva de azul mar tentando
Inalar laços pontes no sufoco do canto
Os olhos, amor, os olhos
Que passam nos tempos serenos
Cândidos ternos alegres amenos
Condoídos piedosos são eternos
sexta-feira, abril 08, 2005
Brilhos
Conversando baixo, baixinho
Seguindo murmúrios, carinho
Pela leveza do éter voei
Seguindo rubros trilhos incauta
Beleza luzente de quem canta
Subtis promessas, amei
Da Aurora cantante me vesti
Com serena alegria me cobri
Foram só instantes, momentos
Percurso que o sonho dormente
A razão despertou inclemente
Me quedei em águas, tormentos
Vejo a porta entreaberta
De luz, em luz encoberta
Sinto o sol da lua musical
A flor aberta fremente
Rubras pétalas, ardente
Areias densas finas de sal
Mas no tudo eu sou nada
Nem pão, água ou espada
Nem pó, godo ou trilho
Trajo somente o sorriso
Doce, ameno, no brilho
Da ave nua, terno abrigo
Seguindo murmúrios, carinho
Pela leveza do éter voei
Seguindo rubros trilhos incauta
Beleza luzente de quem canta
Subtis promessas, amei
Da Aurora cantante me vesti
Com serena alegria me cobri
Foram só instantes, momentos
Percurso que o sonho dormente
A razão despertou inclemente
Me quedei em águas, tormentos
Vejo a porta entreaberta
De luz, em luz encoberta
Sinto o sol da lua musical
A flor aberta fremente
Rubras pétalas, ardente
Areias densas finas de sal
Mas no tudo eu sou nada
Nem pão, água ou espada
Nem pó, godo ou trilho
Trajo somente o sorriso
Doce, ameno, no brilho
Da ave nua, terno abrigo
terça-feira, abril 05, 2005
Fazei-vos à barca...
Fazei-vos à barca, senhores
Enquanto as águas são paradas
O cais se apinha de povo
De todos os credos e cores
Para ver que há de novo
Com o apelo da barca
Chegam ricos, chegam pobres
Carregando suas sortes.
Vêm os novos e idosos
Carentes e curiosos
Há mãos que oiro abraçam
Ombros pesando desgraça
Rostos em cor luminosos
Pés dolentes que s’arrastam
Fazei-vos à barca, senhores,
Enquanto a noite se fez dia
Trazei os vossos amores
A desesperança que porfia
Teceduras cruas da vida
Fazei-vos à barca, senhores…
Poema in "Transparência de Ser"
Enquanto as águas são paradas
O cais se apinha de povo
De todos os credos e cores
Para ver que há de novo
Com o apelo da barca
Chegam ricos, chegam pobres
Carregando suas sortes.
Vêm os novos e idosos
Carentes e curiosos
Há mãos que oiro abraçam
Ombros pesando desgraça
Rostos em cor luminosos
Pés dolentes que s’arrastam
Fazei-vos à barca, senhores,
Enquanto a noite se fez dia
Trazei os vossos amores
A desesperança que porfia
Teceduras cruas da vida
Fazei-vos à barca, senhores…
Poema in "Transparência de Ser"
sábado, abril 02, 2005
Silêncio dos Sons
São vozes que falam caladas
Subindo encostas escarpadas
Qual gaivota verde no mar
São raios rubros de flores
Espelhantes
Em estilhaços de amores
São sons densos musicais
Que transformo p’ra que tais
Vozes falem baixinho
Em sussurrros
Ternos doces carinhos
Vagueando pelos ares
São sons de silêncio cantantes
Entre as brumas distantes
Num entardecer, na aurora
Na ténue luz que fez dia
E não previa
Ternos cantares d’instantes
São silêncios coloridos
Refúgios, lares, abrigos
Vozes longínquas de quem
Pleno d’amor vem
Completar o silêncio dos sons
Em laços pontes amigos
Pelo silêncio dos sons vagueio
Premeio
Sentidos
Subindo encostas escarpadas
Qual gaivota verde no mar
São raios rubros de flores
Espelhantes
Em estilhaços de amores
São sons densos musicais
Que transformo p’ra que tais
Vozes falem baixinho
Em sussurrros
Ternos doces carinhos
Vagueando pelos ares
São sons de silêncio cantantes
Entre as brumas distantes
Num entardecer, na aurora
Na ténue luz que fez dia
E não previa
Ternos cantares d’instantes
São silêncios coloridos
Refúgios, lares, abrigos
Vozes longínquas de quem
Pleno d’amor vem
Completar o silêncio dos sons
Em laços pontes amigos
Pelo silêncio dos sons vagueio
Premeio
Sentidos
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