segunda-feira, dezembro 24, 2018

Boas Festas


A todos desejo, com o maior carinho, nesta época festiva
e no próximo Ano que breve se anuncia, muita partilha
alegre de sentimentos e a plenitude do Amor e Amizade
de que o Eu de cada um de nós faz parte.

Um bjinho grande e uma flor

segunda-feira, novembro 19, 2018

Talvez....


Talvez me voe... talvez não...
um poema incompleto,
seja errado, seja certo,
numa escrita de Verão

Talvez caminhe... talvez pare...
o pensamento em ti.
Talvez apenas te enlacem
caminhos que omiti

E as árvores correm mudas
sob os pios agudos dos pássaros
Talvez saibas mas não usas
protegendo os estilhaços
pelos trilhos arrastados
ante o brilho amorfo da lua
que nua, longínqua e crua
se vira para outro lado

Talvez avistemos um dia,
da rosa, as pétalas rubras,
e dancemos a harmonia
dos abraços apertados


quinta-feira, julho 26, 2018

A indelével certeza


A indelével certeza dos anos encostados à parede
se de mim cobriu enganos, não teceu erros.
E dos muros levantados, amarelecidos no tempo,
resta a árvore que sustenta longos fios
de um cabelo em marfim penteado
que pelo afago dos dedos
a raiz alimenta

Floresce a dança perene da memória
em vagas macias, leves,
em laços de rede fina
ondulando nos anos a hora
de mulher-menina que canta
a indelével e alva certeza da brisa
que anos tece nos cabelos

E te bebo, minha hora perdida no tempo,
na leveza deste sentir em contemplação ausente
quando me sento, sob o silêncio das folhas
em doce acalento


quarta-feira, julho 04, 2018

Palavras doces


Pelas palavras doces
em alinhavos de letras
unidos  nos surpreendemos
numa esfera suspensa

E disfarçámos...
dizeres de outrora, alentos,
que nos traziam pendentes
num mar revolto de águas

E conversámos...
como se o tempo distanciado
fosse apenas
aquele reencontro sentido
e, nos fonemas, eterno abrigo
que a espera não alcança
sob a eterna lonjura da dança
de um tempo em contratempo

Inconscientes, revolvemos
as águas límpidas e claras
de um voar tão presente
que em nós, cada se entende
e sob o silêncio cala
em divergentes, etéreas ramas


quinta-feira, junho 21, 2018

Quisera ser...

Quisera ser a ave de idos tempos
na quimera, (alegria de transparentes
e desprendidos momentos)
quando a vida nos consente

Quisera ser o falcão sempre atento
do seu voo dançante, dolente,
na presa camuflada, aninhada
no ninho de tanta gente

Quisera ser a andorinha
(parte de mim, parte de nada)
espiada no ar, ninho em casa
soletrando repetidas anuidades

Muito mais quisera ser
pelo trilho caminhante
mas do voo da ave que sou
o volante tempo me tornou
nada mais que um passarinho