sexta-feira, dezembro 29, 2006

Rosas brancas














Encomendei as flores mais belas
Rosas brancas
Tão singelas
Para um cântico de Luz
Espalhado no caminho
Leve, doce, infindo
Que à Paz de todos conduz.

E em enlaces de melodia
Suave, profunda e linda
O Tudo cantava, sorria
Trazendo nos braços a água
A montanha, a pradaria
As pedras, os seixos, as aves
E a alma do poeta breve
O infinito em fé se abre
E sob o brilho intenso…
Sereno...
Caminha.




Parabéns Maria Azenha


A todos os amigos desejo um Feliz 2007
com muita Paz e Luz nos seus caminhos.

sábado, dezembro 16, 2006

em tela suspensa


























Perante uma outra de mim oscila a hora
posta e exposta na rectangular forma
de um espaço fechado

O que sente não se sabe.
E passam… e repassa
no olhar, a curiosidade
sobre a mancha escarlate
imobilizada, enquadrada
na suspensão de alvas extremidades

Talvez os braços estenda sobre as águas
e, sem limite nem fronteiras, as afague
nos dedos, nascente de mar;
ou descanse o filtro coado do pensamento
ante muros levantados de cal
envolta no azul da mente

Talvez sorria sussurros ou pense
na solidariedade do momento
no gracioso cântico das almas
no suave leito de lama quente
eterno retorno de gente
ao doce embalo da criança

Posta e exposta
oscila a hora,
o instante breve
no canto perene do Tempo


(pintura de José Luís Abassolo)

Poema in "Transparência de Ser"



A todos desejo alegres Festividades plenas de Amor e Paz.

sábado, dezembro 09, 2006

como é urgente...
























Urge do amor o canto pleno
o orvalho em manhã clara
a luz que a hora espalha
em mil cores e solfejos
pelos três cantos da casa

Urge tecer asas e lírios
num arco-íris de beijos
e nas pedras da calçada
pela chuva desbotadas
pintar meigos sorrisos

Urge do frio o aquecimento
dos pés descalços em brasa.
Urge o mar, a serra, o rio,
a fluência da verdade
no olhar que a brisa enlaça

Aclarar o dito, o não dito,
nos gestos da sociedade
e, do Amor maior, o brilho
terno, sereno em Amizade
como urgente é o momento
de Paz, no alento
do ouro manto das searas


Poema in "Transparência de Ser"