Cruzamos,
com o tecer dos anos,
Mendicantes
tons de cansaços
E
se deles pouco sabemos
Quando
evocados
Seu
olvido pretendemos
Pelo
intervalo diminuto da hora
No
inverso do espaço
Passam
sonoridades mudas
Na
revolta dança das aves
Outrora
leves e puras
Que
nos cruzaram cantares
Amanhecemos
cedo entre a rama
Em
ondas azuis e claras
E
na contracapa da palavra
Desfazemos
muros esparsos
Olvidando
duros momentos
Em
outros tempos navegados
Queremos
e sabemos,
Com
esse sentir tecido nos anos,
Da
palavra, o revolteio ameno,
Qual
murmúrio leve no espaço
Que
silentes afastamos
Para
que na palavra proceda o canto
Do
sorriso, na paz alcançada