quarta-feira, maio 22, 2013

Com o tecer dos anos



Cruzamos, com o tecer dos anos,

Mendicantes tons de cansaços

E se deles pouco sabemos

Quando evocados

Seu olvido pretendemos

 

Pelo intervalo diminuto da hora

No inverso do espaço

Passam sonoridades mudas

Na revolta dança das aves

Outrora leves e  puras

Que nos cruzaram cantares

 

Amanhecemos cedo entre a rama

Em ondas azuis e claras

E na contracapa da palavra

Desfazemos muros esparsos

Olvidando duros momentos

Em outros tempos navegados

 

Queremos e sabemos,

Com esse sentir tecido nos anos,

Da palavra, o revolteio ameno,

Qual murmúrio leve no espaço

Que silentes afastamos

Para que na palavra proceda o canto

Do sorriso, na paz alcançada