segunda-feira, dezembro 13, 2004

O Bicho Homem

Vagueando como apraz
Sabor do momento, tanto faz
Sorrindo em declarações
Amores de instantes, ilusões
Intensidade vivida uma a uma
Perdição de letras em penumbra
Sexuais verbalidades
Intensas ou inverdades
Uma e outra foi passando
Alma devassa explorando
Se passados ou presentes
Não me interessa, entendes
És homem, percebo, não aceito
Não lhe chames preconceito
Mas sim o saber da vida
Que voa, corre, corrida
Ficando no ar pairando
Gotas de nadas pensando
Indecisões dum encanto
Silêncio que se faz pranto
Cartas que não escreves
Promessas que não deves
Nem podias
Nem devias
Cada segundo lutando
Racionalizando
A vida e seus desdizeres
Perdidos em belos prazeres
Com começo mas sem fim
Nem para ti nem para mim
Melancolia, fulgor
Encanto e dor, dor
Alimentando possibilidades
Lonjuras de tempo nos ares
Perdida em meditações
Desabafos, conclusões
Eu amo a serenidade
Acalmia, paz, verdade
Infidelidade abomino
No sorriso que domino

3 comentários:

JPD disse...

Olá!
Entre «a vida e os seus desdizeres» colocastes lá com muito rigor todos os sobressaltos do amor. Ainda bem. Óptimo!
Fica bem.

lique disse...

Digamos que, no teu poema, pões os pontos nos ii, amita. E dizes o que queres e não queres. Muito bem dito, aliás! Beijinhos

Unknown disse...

Está bem bonito este poema, amiga!
Sabes que me passou? Perdi o link de teu outro blog, envia-me outra vez, por favor! Achei-o lindo!
Beijos!