terça-feira, dezembro 28, 2004

Olhos

Olhos são Paz, são conforto
São o carinho do rosto
A alegria dos sentidos
Olhos que trago comigo
Olhos profundos, doridos
Preocupados, inconstantes
Que buscam cada instante
O desbravar inclemente
Do que há pra além da mente
Olhos meigos, sonhadores
Luminosos e distantes
Perdidos na cor das serras
Que animam e alegram
Sempre que eles regressam
Para o pão que dá as terras
Olhos frios, indiferentes
Calculistas, dementes
Elaborando equações
Na busca de soluções
Do porquê o verde é verde
Olhos mortiços, cansados
Da vida e dos seus fardos
Triste miséria que arrastam
Olhos indagantes, curiosos
Interrogativos, misteriosos
Olhos de olhos distantes
Fenecendo à míngua, à sede
A loucura dos amantes
Olhos ternos, piedosos
Carinhentos, amorosos
Olhos dulcificantes
Olhos secos, orvalhados
Ondas de fumo deitados
Correntes de ilusões
Quentes, frias, paixões
Olhos de todas as cores
Irisados de fulgores
Olhos plácidos, serenos
Sorridentes e amenos
Seguindo a tranquilidade
A paz, a luz, a verdade

1 comentário:

AnaP disse...

Olhos ternos... olhos verde-azeitona... :-) Beijinhos!