domingo, outubro 16, 2005

Vagas de Zinco











Por vezes há vagas tempestuosas,
Revoltadas que nos entram
Pelas janelas duplicadas,
Muradas, em espuma
De zinco ardente


Surgem do nada, na corrente
Gelada, em misturas de vento.

Sempre me transtornaram as águas
Que sobem imagens sombrias
Personificadas de brisa
E me cravam silêncios
Partindo muros
Correntes

Nessas vezes aguardo serena
O renascer da clarividência
Das vagas que em espuma
De zinco quente
Transformaram noites e dias
Até que em brilho unam
Almas e mentes

8 comentários:

Double S disse...

Por vezes entram pela nossa vida vagas inesperadas apanhando-nos desprevenidos. Temos de saber deixar passar a turbulência para não reagirmos a quente. Uma decisão ponderada costuma ser sempre mais correcta do que tomada no calor do momento.

Unknown disse...

Encantador o teu poema, Amita amiga!
Deixo-te beijos e sorrisos para um inicio de semana feliz! :)

Poesia Portuguesa disse...

Minaha querida Amiga, há momentos na Vida que temos que ter força suficiente para enfrentar essas vagas de zinco , dando também força a quem dela precisa. Um poema muito sensivel que prezei muito!

Um abraço carinhoso e um sorriso do tamanho do mundo ;)

Maria Carvalho disse...

Um lindo poema, vibrante. Obrigada pela tua visita ao meu espaço, e pelas palavras que tiveste o carinho de lá me deixar. Beijos

Peter disse...

"Nessas vezes aguardo serena
O renascer da clarividência"

é o melhor ...

Anónimo disse...

Tu és clarividente...
Beijinhos Amita

GNM disse...

O teu poema e bem bonito e verdadeiro...

É sempre um prazer visitar-te!

Anónimo disse...

Minha amiga, espero que esteja tudo bem, o frio está chegando e não demora que esteja a funcionar a lena para aquecer os friorentos como eu. Boa semana, zezinho