sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Asas












Descansaram minhas asas
Numa salva
De plumas brancas
Duas chaves as enfeitavam
Num enlace dolente
Uma de prata escondida
Outra no ouro silente
Estendida

Trama densa as teciam
De força por vezes dura
De emoção que não segura
Os brilhos na água corrente
Pedras de fogo fulgiam
A candura do caminho
Em saudade percorrido

Omitiram-se pelo estio
No tempo da folha dormente
Sob os pingentes de frio

Na hora em que a flor se abre
As asas nos laços das chaves
Se elevam serenamente
Planando amor e sorrisos

7 comentários:

Anónimo disse...

Beijos minha querida amiga. Sinto saudades de ti.

Passaro Azul disse...

Como as asas nos ajudam a ir mais alto!
Belo poema, que nos eleva o espirito e nos faz esquecer por instantes a realidade que nos é dada viver em cada dia.
Gostei de voar por aqui. Voltarei com mais tempo para voar mais alto.
Um abraço com amizade :)

António disse...

Desculpa não ler o que escreveste.
Mas estou com uma grande neura.
Acabo de colocar na parte de "comments" do meu post final da história d' "O viúvo" o seguinte texto:

"Estou desolado com a falta de qualidade da maioria dos comentários no final da história que me levou dois meses a construir.
Acho que eu e o meu trabalho (que pode ser uma merda, admito) mereciamos um pequeno esforço de análise.
Caracterização dos personagens, verosimelhança da história, estilo de escrita, são alguns aspectos que eu esperava fossem analisados.
Provavelmente deixarei de me preocupar com o blog.
Tenho a sensação horrorosa de que tudo isto foi um fracasso e um equívoco.
Provavelmente fecharei este blog e abrirei um com anedotas foleiras que circulam na Net.
Desculpem o desabafo, mas não é meu hábito calar-me.

(que me perdoem os leitores que comentaram com textos de boa ou média qualidade)

(que me perdoem os outros se eu estiver errado)

Beijos

António"

(desde já te digo que gostei do teu comentário)

Beijinhos

Maria Azenha disse...

que doçura de poema, Amiga.

beijos,

***maat

Anónimo disse...

Mesmo que haja desencontro, existirá sempre um cordãozinho a unir-nos.
Bonita poesia, imagem super, música especial, que dizer mais?
Dentro de dias vou retomar as imagens da nossa terra, agora é outro blog, porque o quimera está cheio, depois informo.
Fique bem, seja feliz ao lado de quem ama.
ZezinhoMota

Memória transparente disse...

"...Pedras de fogo fulgiam
A candura do caminho..."

Gostei desta leitura tranquila.

Beijinhos.

Menina Marota disse...

"...Na hora em que a flor se abre..."

... e foi uma verdadeira flor que aqui se abriu! Adorei o Poema.

Beijo e um sorriso ;)