Espero
sita na berma da estrada
de densas escarpas rodeada
impalpáveis, não imaginadas,
pelas leves mentes em ténue água...
sonhos, magia, passadas factuas
Espero
amorfa, em atenção ausente
pelos dizeres dessa outra gente,
vagos, codificados,
em ornamentos incontidos
abrigando o que não sentem
Espero
como tantos tristes de nós
ansiosos por outra voz
alegre, fiel, consciente
apresentando o devir silente
ocultado, alterado,
por oportunos e meros interesses
Assim se vive a planura de cada dia
na via escolhida em mordaça
esperando que num claro amanhã
a doce maré dum sorriso nos traga
sábado, junho 27, 2020
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3 comentários:
Tão sentido e verdadeiro este poema!
Quantas vezes não me sinto assim...
Um grande abraço de saudade!
Belo poema!
A memória acende-se em chamas
quando a saudade triunfa sobre o esquecimento!
Um abraço!
Deixo-te o endereço do meu Blogue de Autor. Passa por lá!
as-polyedro.blogspot.com
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