O canto da sereia não canto
Minha voz perdeu o timbre
Canto o amor, a alegria
No encanecer do dia
Que desliza e no entanto
Canto canção mui breve
Entre notas soltas e solfejos
Afino, desafino, percorro
Escalas musicais incompletas
Breves, curtas, incertas
Deslizantes no éter e vejo
Mutantes notas em clave
Canto à água, ao mar, ao rio
Seguidores em cadência
Ao sol, à terra e ao ar
Que, com seu ondular
Levitam minha demência
Em luminosidades de brio
Canção em lâminas de fogo
Meiga, terna, ardente
O infinito enlaçando
Em profundidades inalando
O caminho que percorro
Num sorriso consciente
sábado, novembro 13, 2004
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4 comentários:
Cantas à natureza e segues o teu caminho com um belo sorriso. Beijinhos, amiga.
Muito lindo este teu poema!
Um beijo
Deixa-me repousar no teu canto
retemperar as minhas energias
no colo da tua voz
Obrigado pelo som das tuas palavras.
Um beijo com som suave mas sincero.
Gostaria que quem comentou sem se identificar, o fizesse. O anonimato é uma obscuridade da mente. Admiro a clarividência. Obrigado.
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