Vêde as horas, minha mãe
Tarde se faz, tenho d'ir
Tanto caminho a percorrer
Tantas letras para ler
Tenho mesmo que partir
Pressa? P'ra quê? O mar não sai do lugar
Brisa amena sopra, o sol continua a brilhar
Inclemente, nos dedos desliza a vida
Alteram-se marés e correntes
Rodopia o astro rei nos horizontes
Lâminas de fogo lançando
Lembrando
A mudança já sentida
As cores do arco-íris? A ternura dum sorriso?
Os sonhos do poeta? O voo no tempo contigo?
Minha mãe, assim eu corro...
As pontas d'ilusões, sonhos, agarro
Com toda a força restante
Num silêncio inquietante...
O cru voo do tempo seguro
Num meigo sorriso brilhante
Do poeta adormecido
quarta-feira, novembro 10, 2004
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5 comentários:
As palavras ao vento
dialogam com o tempo
Vou chegando ...
Até Breve
Muito lindo!... mas o poeta não dorme, medita...
Beijos
Belissimo!
Um beijo amigo!
Carmem Lucia Vilanova
Que diálogo bonito :-) Beijinhos***
Um diálogo belo e profundo, como já nos habituaste. Beijinhos, amiga.
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