terça-feira, novembro 16, 2004

O Vento lá fora

A noite me invadiu lentamente
Com o denso peso do dia

Entre penas num colchão de pedra deitada
Repousei meu corpo cansado
Olhando o vácuo
Na imobilidade do pensamento

O vento lá fora em sibilantes cantares

O livro dos sonhos pousado
Me mirando
Espantado

Silêncio inócuo

Me desliguei na noite entre acordares
Focando o tempo, inconsciente
Numa acalmia
Vivendo instantes de nada.

4 comentários:

SL disse...

É um prazer poder ler tão boa escrita!
Parabéns.
Aceita um convite para fazeres um visita lá a casa. Gostava de contar com os teus comentários.
Este poema é magestral... Às vezes a noite é mero crepúsculo das coisas do dia!
Fica bem.

AnaP disse...

E esses instantes de nada, por vezes sabem tão bem... Pelo menos a mim sabem. Um beijo grande***

lique disse...

E quão necessário é às vezes esse "desligar na noite" após " o denso peso do dia"! Gostei muito. Beijinhos

A.S. disse...

...às vezes é tão bom ouvir o silêncio!...